terça-feira, 27 de julho de 2010

Reanimation

The event takes place in one part of the complex of the first hospital in O'Porto. The voluminous atmosphere has acclimatised itself and left the rudiments of its metamorphose - the oneiric objects therein and the capacious, organic and quiant space is to be seen from the standpoint of art which blows the soul back into the bones of the hospital itself. 

Ana Azevedo nasceu no Porto, Portugal, em 1982. É licenciada em Artes Plásticas, pela FBAUP. Actualmente vive e trabalha no Porto, Portugal. Enquanto artista plástica tem vindo a realizar uma série de exposições individuais e colectivas em Portugal, Espanha, França e China. Os media que utiliza são variáveis, passando pelo desenho, a pintura, a escultura, a fotografia, o vídeo e a instalação. Presentemente tem vindo a assumir, cada vez mais, a importância do desenho no seu trabalho. 

Sara Leão, 1983, Porto, Portugal. Foi aluna de Psicologia, passou pelo Teatro Universitário do Minho, estudou Fotografia. 

Para a exposição "Reanimation" desenvolveu-se uma colaboração entre Ana Azevedo e Sara Leão. O diálogo entre as duas autoras fez-se partindo da decomposição e análise etimológica da palavra reanimação - começamos a dar alma, dar vida. Do mesmo modo considerou-se a história do espaço, outrora hospital. As obras resultantes assumem-se no formato de vídeo e instalação. Dissemos o sopro vital que é dádiva e respiração e a sua natureza imaterializável. Procuramos vida, a alteração cíclica que provoca nos seres. O conceito de ciclo ressalta imediatamente o papel do tempo, da repetição e do infinito.

O vazio ou o silêncio branco oferecem-se. Pela percepção do nada surge a consciência do todo e do todo novamente obtém-se nada.


Histologia da Cor 

O silêncio é branco e hirto. A reanimação surge aqui sob a coloração das formas vegetais, a ressureição dos tecidos pela cor, a percepção dos canais condutores. 








Histologia da Cor,
Instalação,
Materiais diversos,
2009






















O Eco da Sereia
«As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que o seu canto: o seu silêncio.» Kafka.
 O eco testemunha a repetição/imitação. O som contínuo das vozes traduz a passagem do sopro vital.





O Eco da Sereia,
Video-Instalação, 2009





No Meio
 O vídeo apresentado trata-se duma representação do ciclo respiratório que, por sua vez, funciona como metáfora das ideias de vida, movimento, morte, suspensão.




No Meio,
Video-Instalação, 2009






Statement


Para a análise do meu corpo de trabalho é fundamental realçar a importância do desenho. Este meio de expressão surge através de variados modos de decifração de modo mais directo ou indirecto. É, na realidade, a linha condutora de algo que pode, à primeira vista parecer desconexo. Tal sucede através das questões que a sua própria natureza levanta. O desenho que existe enquanto processo e também enquanto idealização mental de algo. O desenho que, de modo intuitivo, conjuga a cultura com a fisicalidade. 


Interessa-me a génese da criação, inicialmente ocorrendo de modo descomprometido. Em dado momento aproximei-me da temática dos “doodles” (rabiscos) – são um tipo de desenho que, devido às suas características, são normalmente pouco valorizados e mantidos numa marginalidade na qual, normalmente, apenas o seu autor tem acesso. Nascem do aborrecimento. 


O meu trabalho procura reflectir sobre a natureza humana e a necessidade de assinalar a sua passagem. Deste modo o tempo e espaço são conceitos essenciais para o delineamento do assunto. A própria acção de desenhar reivindica um tempo e um espaço de um ponto a outro. O resultado gráfico consiste no registo do percurso. 





Ana Neves






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