Existe no Homem a necessidade psicológica ou capacidade criativa de atribuir formas concretas a imagens abstractas.
Tem como tendência auto-projectar-se no mundo que o rodeia e reconhecer em algo aparentemente comum e banal
imagens próprias. Isto acontece quando um observador contempla um quadro abstracto e “vê” nele figuras humanas ou quando alguém reconhece, por exemplo, rostos nas nuvens.
O método de trabalho perante este assunto partiu de uma recolha de elementos fotográficos, cujas
imagens foram usadas como estímulo ao surgimento do desenho e da sua emergência da mancha.
Desta forma, dá-se continuidade a um género de desenho relaxado e quase inconsciente que me tem vindo a interessar ao longo do meu percurso individual – os doodles. Esses desenhos surgem do aborrecimento e da tentação do papel, por exemplo à beira do telefone, que induz ao acto de riscar alheadamente.
Cloud Tales,
Esferográfica s/papel,
Dimensões variáveis
Tower Tales(du Tachisme),
Acrílico, Ecoline, esferográfica s/papel
Dimensões Variáveis
Ana Neves
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